20 junho, 2008
células
Hoje, ao almoço, falámos de células.
Para mim, são um paradigma de sabedoria...
Porque têm "intuição" e procuram o seu lugar e a sua função.
Ninguém sabe que energia as move ou as conduz até lá, mas é com certeza alguma coisa fantástica. Eu acho que é a energia que move a Vida: o Amor.
Um dia, a ciência vai encontrar uma explicação química ou física...
Mas nunca ninguém irá ver através de um microscópio o amor a circular. O amor vê-se com o coração, e por isso foi banido do discurso científico e da verdade defendida pelos racionais. O amor nunca poderá ser uma causa objectiva, nem tem de ser. Mas não deixa de ser uma causa.
Também por isso, alguns mistérios da vida continuarão a ser mistérios, porque nem toda a verdade pode ser aferida na bancada de um laboratório.
Ainda assim, olhamos para a célula com admiração. Afinal ela é a mais perfeita central geradora de energia.
Como tendemos a ser utilitários, tendo em vista o lucro, tentamos aprender com ela.
Mas não apreendemos o mais importante: o para quê?
Nenhuma célula produz energia para se tornar mais rica, rentável, dotada ou poderosa que as suas irmãs. Nenhuma célula faz o que faz para ganhar competividade "no mercado", ou porque busca a excelência.
A célula faz o que faz para se cumprir. É genuína no seu propósito, contribuindo naturalmente para o Todo.
Tudo o que é genuíno faz bem a si mesmo e aos outros, sendo exacto no cumprimento da sua natureza.
O mais curioso é que somos um pequeno universo celular e passeamos essa sabedoria no nosso corpo. A nossa alegada "mente" superior não tem de fazer rigorosamente nada para que essa inteligência celular aconteça, como aliás acontece em toda a Natureza - o que significa que existe uma inteligência superior em nós e em toda a Natureza que não é a Razão!
Observar e tocar essa inteligência é como provar a maçã da Árvore da Sabedoria e aceder ao Conhecimento (do Bem e do Mal).
Infelizmente, ainda não percebemos que essa capacidade, e essa liberdade é, de facto, a grande experiência e desafio do ser humano: a possibilidade de aprender a criar e escolher que sentido queremos dar à nossa obra, individual e colectiva.
Caso contrário, seríamos apenas e só animais e viveríamos (ainda) no Paraíso da não-consciência de nós próprios.
12 junho, 2008
exercício: diálogo democrático
Para ver e experimentar, porque eles são verdadeiros pedagogos da prática da democracia
» Segunda-feira, dia 16, às 21.30h no teatro A Barraca, em Lisboa
» Preço: 4 euros
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