09 outubro, 2009

anoiteci



De um momento para o outro, a noite aconteceu-me. Sentia-a debaixo da língua como uma palavra pressentida, indefinida. Esperava por ela, como quem espera pelo vento e pela chuva no Outono.
Anoiteci junto da árvore onde guardo o meu coração. Permaneço ligeiramente inerte até me acomodar na escuridão. É impossível escapar-lhe. Não convém escapar-lhe. Quem escapa à noite, escapa ao dia.

3 comentários:

Cristina Gomes disse...

Abraço-te na noite que se fez dentro de ti ***

Conheço a tua luz!
Uma noite muito feliz ***

teresa g. disse...

Tens razão, a noite e o dia têm que ser vividos, até um e outro deixarem de existir. Eu também conheço a tua luz, e sei que espera para amanhecer :)

Beijinhos

sa.ra disse...

é uma noite benigna
:)
daquelas que nos colocam diante de um novo dia

todos os dias são novos, mas alguns são como o nascer do sol - um (re)nascimento!

beijos às duas
dia muitíssimo feliz!