Inspiração: O silêncio e quietude das árvores
Quando, por um determinado caminho, não se está a chegar a lugar nenhum,
é porque não há lugar algum a chegar por aí.
No silêncio e na quietude surgirá a resposta.
Do silêncio e da quietude revelar-se-à um novo rumo.
A verdade repousa no silêncio.
A verdade nasce do silêncio.
30 janeiro, 2006
26 janeiro, 2006
Plantar uma árvore no coração
O coração é como uma árvore. Alimenta-se de terra e água, de sol e de ar. Recebe e devolve o mesmo, transformado. O nosso coração é uma central de energia. O nosso coração faz circular sangue, vida, ar, nutrientes, alimento.
O nosso coração é como uma árvore que alimentamos com a nossa terra e com a terra da Terra; que alimentamos com a nossa matéria, as nossas fibras, os nossos valores, com a solidez da nossa vontade.
O nosso coração é como uma árvore e respira o que nos inspira, e devolve as nossas brisas e tempestades. O nosso coração respira e liberta os nossos sonhos no sopro das palavras.
O nosso coração faz fotossíntese e transforma a luz e calor do Sol em cores. O nosso coração ilumina, aquece, amadurece os nossos frutos e enriquece a nossa vida.
O nosso coração faz correr rios dentro nós, como seiva. O nosso coração bebe a água das fontes. As nossas veias estão cheias de água viva e choramos água, como orvalho, nas folhas das árvores. E soltamos água dos poros, do nariz e da boca. E, todas as águas se juntam no céu, nas nuvens, em lagos que flutuam.
O nosso coração é como uma árvore que cresce para cima, como uma criança, que quer abraçar o céu, o sol, as estrelas. O nosso coração dá e recebe. O nosso coração faz flores e perfumes e frutos. O nosso coração é um abrigo como a copa das árvores. O nosso coração é uma casa, com ramos e braços, onde os pássaros fazem os ninhos. O nosso coração faz, fabrica amor e esse amor alimenta e nutre como a fruta das árvores, a nós próprios e aos outros. O nosso coração faz flores e quando damos beijos e sorrisos, damos as flores do nosso coração.
Este blog é uma árvore que cresce para cima, sempre que uma nova folha é escrita. Este blog quer ser um pomar e um lugar, como um novo país, sem fronteiras. Este sítio quer ser uma árvore, num pomar de corações. Quer ser uma árvore com ninhos e pássaros, abelhas, borboletas e crianças a brincar...
Assim seja e assim será.
Este blog a partir de hoje tem música.
(obrigada querido P.)
25 janeiro, 2006
A Árvore
Certo dia aconteceu-me um momento de magia.
Nesse dia acendeu-se o fio que me ligava às árvores. Um fio, como um filamento luminoso, eléctrico, que acende a teia no cérebro, em milhares de sinapses. Segui-o.
Nessa ligação aconteceu uma união profunda, íntima. Não me juntei à árvore. Entrei-lhe dentro e ela de mim. Engendrámos. Dessa união nasceu uma nova visão e uma certeza: “Não estou apenas ligado à árvore. Sou a árvore e árvore sou eu. Somos a mesma. Apenas a aparência nos distingue”.
Esse momento mágico aconteceu imediatamente a seguir a outro momento mágico. Tinha acabado de engendrar com o Sol, de unir-me com ele. Soube, com toda a segurança, que era, que sou Sol.
A isto chamo integrar o Mundo, unir-me com ele e compreender que não exista nada “fora”. Está tudo dentro de nós. É tudo dentro de nós. Integrar é ir além e incluir. E, daí e diante percebe-se, sente-se que se faz parte de tudo; que se é um todo que faz parte de outro todo maior, que inclui tudo. E, nunca mais, em momento algum, se perde esta certeza.
A solidão, a distância, a fragmentação, os abismos e a alienação morrem definitivamente. Renasce-se. E, na criança que renasce, renasce o brilho, a curiosidade, a abertura, o entusiasmo, vontade de viver, crescer e partilhar, próprio das crianças. Renasce a inocência. Não se trata de ingenuidade tola, mas de estar aberto, disponível, sem pré-conceitos, sem barreiras, nem cinismos - aqueles cinismos que assentam na crença de que a vida é uma luta e que o mundo é uma selva. São crenças que servem para justificar a desconfiança, o egoísmo, egocentrismo e avareza - que não devemos dar nada a ninguém, porque ninguém dá nada de borla; não devemos confiar em ninguém, porque anda meio mundo a enganar o outro meio mundo.
Esta é uma leitura derrotista, derrotada. Uma única árvore pode derrotar este “erro” de percepção, do qual resulta a alienação do indivíduo que se julga “fora”, longe, excluído, distante e privado de ser e obter aquilo que preza e ama.
Não há nada de subjectivo nisto. Tudo isto é experiência concreta, objectiva, experimentada, vivida. É um caminho e a marca de cada passo, a bagagem que se larga e a bagagem que se adquire... são as paisagens e o retrato delas, registados, como fotografias.
Ouvi um homem sábio dizer: “Quem está à procura do seu lugar no mundo está a bater à porta do lado de dentro de casa”. É verdade. Já estamos em casa, no nosso lugar. Não há nada lá fora. O que procuramos está dentro, dentro de nós. Tudo: paz, amor, justiça, verdade, equilíbrio, abundância... Tudo!
Um sábio egípcio anónimo deixou este testemunho há milhares de anos:
“Verifico em palavras o que penso: os meus inimigos são os ignorantes*.
Foi por amor pelo mundo que penetrei no interior de mim próprio e aí descobri coisas admiráveis.”
Do princípio ao fim deste blog, esta é a verdade que partilho. Partilhar não é dividir. É multiplicar. Dar é realizar o “milagre dos peixes”. As árvores sabem. As árvores fazem. A nós, humanos, só resta lembrar. E, do princípio ao fim e do fim ao princípio, tudo se fecha num ciclo perfeito, como a órbita da Terra.
*Os inimigos dizem respeito aos inimigos interiores. Às forças limitativas do indivíduo. São o medo, ressentimento, insegurança, mágoa, desconfiança, raiva, preconceitos, egoísmo, arrogância, etc. Todos estes inimigos interiores são actores mentais e emocionais ao serviço do ego, o qual quer preservar o seu território, a sua concepção de “estar em segurança” e, assim obter o que pretende. Estes inimigos são os ignorantes, não porque sejam burros, mas porque não estão esclarecidos. O esclarecimento decorre da verdade. Quando sabemos a verdade ficamos “às claras” e deixamos tudo “às claras”. Trata-se do conhecimento, da luz da verdade por oposição à escuridão, ao estar no escuro, na ignorância.
Nesse dia acendeu-se o fio que me ligava às árvores. Um fio, como um filamento luminoso, eléctrico, que acende a teia no cérebro, em milhares de sinapses. Segui-o.
Nessa ligação aconteceu uma união profunda, íntima. Não me juntei à árvore. Entrei-lhe dentro e ela de mim. Engendrámos. Dessa união nasceu uma nova visão e uma certeza: “Não estou apenas ligado à árvore. Sou a árvore e árvore sou eu. Somos a mesma. Apenas a aparência nos distingue”.
Esse momento mágico aconteceu imediatamente a seguir a outro momento mágico. Tinha acabado de engendrar com o Sol, de unir-me com ele. Soube, com toda a segurança, que era, que sou Sol.
A isto chamo integrar o Mundo, unir-me com ele e compreender que não exista nada “fora”. Está tudo dentro de nós. É tudo dentro de nós. Integrar é ir além e incluir. E, daí e diante percebe-se, sente-se que se faz parte de tudo; que se é um todo que faz parte de outro todo maior, que inclui tudo. E, nunca mais, em momento algum, se perde esta certeza.
A solidão, a distância, a fragmentação, os abismos e a alienação morrem definitivamente. Renasce-se. E, na criança que renasce, renasce o brilho, a curiosidade, a abertura, o entusiasmo, vontade de viver, crescer e partilhar, próprio das crianças. Renasce a inocência. Não se trata de ingenuidade tola, mas de estar aberto, disponível, sem pré-conceitos, sem barreiras, nem cinismos - aqueles cinismos que assentam na crença de que a vida é uma luta e que o mundo é uma selva. São crenças que servem para justificar a desconfiança, o egoísmo, egocentrismo e avareza - que não devemos dar nada a ninguém, porque ninguém dá nada de borla; não devemos confiar em ninguém, porque anda meio mundo a enganar o outro meio mundo.
Esta é uma leitura derrotista, derrotada. Uma única árvore pode derrotar este “erro” de percepção, do qual resulta a alienação do indivíduo que se julga “fora”, longe, excluído, distante e privado de ser e obter aquilo que preza e ama.
Não há nada de subjectivo nisto. Tudo isto é experiência concreta, objectiva, experimentada, vivida. É um caminho e a marca de cada passo, a bagagem que se larga e a bagagem que se adquire... são as paisagens e o retrato delas, registados, como fotografias.
Ouvi um homem sábio dizer: “Quem está à procura do seu lugar no mundo está a bater à porta do lado de dentro de casa”. É verdade. Já estamos em casa, no nosso lugar. Não há nada lá fora. O que procuramos está dentro, dentro de nós. Tudo: paz, amor, justiça, verdade, equilíbrio, abundância... Tudo!
Um sábio egípcio anónimo deixou este testemunho há milhares de anos:
“Verifico em palavras o que penso: os meus inimigos são os ignorantes*.
Foi por amor pelo mundo que penetrei no interior de mim próprio e aí descobri coisas admiráveis.”
Do princípio ao fim deste blog, esta é a verdade que partilho. Partilhar não é dividir. É multiplicar. Dar é realizar o “milagre dos peixes”. As árvores sabem. As árvores fazem. A nós, humanos, só resta lembrar. E, do princípio ao fim e do fim ao princípio, tudo se fecha num ciclo perfeito, como a órbita da Terra.
*Os inimigos dizem respeito aos inimigos interiores. Às forças limitativas do indivíduo. São o medo, ressentimento, insegurança, mágoa, desconfiança, raiva, preconceitos, egoísmo, arrogância, etc. Todos estes inimigos interiores são actores mentais e emocionais ao serviço do ego, o qual quer preservar o seu território, a sua concepção de “estar em segurança” e, assim obter o que pretende. Estes inimigos são os ignorantes, não porque sejam burros, mas porque não estão esclarecidos. O esclarecimento decorre da verdade. Quando sabemos a verdade ficamos “às claras” e deixamos tudo “às claras”. Trata-se do conhecimento, da luz da verdade por oposição à escuridão, ao estar no escuro, na ignorância.
24 janeiro, 2006
Respirar o "oxigénio" das árvores... inspirar...
A árvore da Sabedoria
As Árvores e os Livros
As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
Jorge Sousa Braga, Herbário, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999
As árvores como os livros têm folhas
e margens lisas ou recortadas,
e capas (isto é copas) e capítulos
de flores e letras de oiro nas lombadas.
E são histórias de reis, histórias de fadas,
as mais fantásticas aventuras,
que se podem ler nas suas páginas,
no pecíolo, no limbo, nas nervuras.
As florestas são imensas bibliotecas,
e até há florestas especializadas,
com faias, bétulas e um letreiro
a dizer: «Floresta das zonas temperadas».
É evidente que não podes plantar
no teu quarto, plátanos ou azinheiras.
Para começar a construir uma biblioteca,
basta um vaso de sardinheiras.
Jorge Sousa Braga, Herbário, Lisboa, Assírio & Alvim, 1999
20 janeiro, 2006
Rota do conhecimento... todas as rotas
inspirar, expirar... respirar
A primeira coisa que fazemos, assim que nascemos, é respirar...
Sem ar, o cérebro de um bebé pode ficar lesionado para sempre.
Sem ar, o cérebro de um adulto fraqueja - desmaiamos; perdemos os sentidos (perdemos os sentidos... deixamos de sentir, de estar sensíveis).
Podemos respirar com a ajuda de um ventilador. Mas, sem ar (em consciência) vegetamos, apenas.
Respirar é alimentar e energizar o cérebro.
Aquilo que inspiramos e nos inspira alimenta-nos a mente.
Repara no ar que respiras. Sente o que inspiras. Sente o que expiras. Sente o ar em todas as rotas.
O elemento ar está associado ao conhecimento, à comunicação, às ideias, à criatividade e à mente. Não é por acaso. Repara como respiras, o que respiras, o que te inspira... o que metes para dentro de ti e alimenta os teus pensamentos e as tuas ideias. Repara no ar que entra... e no ar que sai de ti.
A primeira coisa que fazemos, assim que nascemos, é respirar...
Sem ar, o cérebro de um bebé pode ficar lesionado para sempre.
Sem ar, o cérebro de um adulto fraqueja - desmaiamos; perdemos os sentidos (perdemos os sentidos... deixamos de sentir, de estar sensíveis).
Podemos respirar com a ajuda de um ventilador. Mas, sem ar (em consciência) vegetamos, apenas.
Respirar é alimentar e energizar o cérebro.
Aquilo que inspiramos e nos inspira alimenta-nos a mente.
Repara no ar que respiras. Sente o que inspiras. Sente o que expiras. Sente o ar em todas as rotas.
O elemento ar está associado ao conhecimento, à comunicação, às ideias, à criatividade e à mente. Não é por acaso. Repara como respiras, o que respiras, o que te inspira... o que metes para dentro de ti e alimenta os teus pensamentos e as tuas ideias. Repara no ar que entra... e no ar que sai de ti.
17 janeiro, 2006
Inspiração
Gandhi e a Roda. Gandhi, o tecelão. Aquele que tece os fios da roupa que veste. Aquele que tece os seus próprios fios, as linhas... que ligam todas as rotas.
"A liberdade exterior que atingirmos depende do grau de liberdade interior que adquirirmos. Se é esta a justa compreensão da liberdade, o nosso esforço principal deve ser consagrado a realizar uma mudança em nós próprios."
Mahatma Gandhi
Tatuagem
“Quando o céu quer salvar
um homem envia-lhe o amor”
Confúcio
Quando amamos, entramos em contacto connosco; damo-nos conta de tudo, no outro e em nós (é o mesmo).
O amor coloca diante de ti todas as tuas maravilhas, mas também todas as tuas limitações, obstáculos e conflitos. Abre o teu coração e liberta tudo... liberta-te.
um homem envia-lhe o amor”
Confúcio
Quando amamos, entramos em contacto connosco; damo-nos conta de tudo, no outro e em nós (é o mesmo).
O amor coloca diante de ti todas as tuas maravilhas, mas também todas as tuas limitações, obstáculos e conflitos. Abre o teu coração e liberta tudo... liberta-te.
16 janeiro, 2006
Rota do amor… todas as rotas
Procuramos no outro o que falta em nós ou por nós próprios.
Olha para o outro e faz uma lista objectiva daquilo que, sentes, não estás a receber e que te faz falta. Depois esquece o outro. Retira-o deste exercício.
Sê honesto contigo e analisa cada ponto. Pergunta: tenho isto em mim? por mim próprio? Olha para dentro de ti. O que estás a tentar mudar, ou gostarias que mudasse no outro, é aquilo que reclama ser mudado em ti.
Pensa, analisa com carinho, sem julgamentos. Não te culpes nem a ninguém. Aceita. Aceita que estás assim. Compreende que não és assim. Toma consciência de ti e do que tens para transformar em ti.
O melhor projecto do mundo, o único sobre o qual podes escolher tudo, és tu.
Pensa um pouco; depois dorme sobre o assunto.
Vou fazer o mesmo.
13 janeiro, 2006
A caminho ... todas as rotas
Conhecimento
Conhecimento
substantivo masculino
1. faculdade de conhecer;
2. relação directa que se toma de alguma coisa;
3. noção;
4. informação;
5. experiência;
6. domínio teórico e/ou prático de determinada área;
7. FILOSOFIA forma de entendimento que representa o acto de conhecer implicitamente contido na coisa conhecida;
8. pessoa com quem se têm relações sociais;
9. popular pequena gratificação;
10. recibo; documento que comprova a expedição de mercadorias por via marítima ou fluvial;
11. plural saber; instrução;
12. plural perícia;
13. plural pessoas conhecidas, relações; dar conhecimento de comunicar; participar
(De conhecer+-mento)
in Infopédia
O conhecimento não é bom nem é mau.
É neutro.
O que se faz com ele é que lhe confere qualidades: criativas ou destrutivas.
A capacidade criativa ou destrutiva do indivíduo é proporcional ao conhecimento que o indivíduo detém.
"Knowledge is power", em português, "saber é poder". É?!
É poder criar ou poder destruir.
Conhecimento é responsabilidade
Conhecimento
substantivo masculino
1. faculdade de conhecer;
2. relação directa que se toma de alguma coisa;
3. noção;
4. informação;
5. experiência;
6. domínio teórico e/ou prático de determinada área;
7. FILOSOFIA forma de entendimento que representa o acto de conhecer implicitamente contido na coisa conhecida;
8. pessoa com quem se têm relações sociais;
9. popular pequena gratificação;
10. recibo; documento que comprova a expedição de mercadorias por via marítima ou fluvial;
11. plural saber; instrução;
12. plural perícia;
13. plural pessoas conhecidas, relações; dar conhecimento de comunicar; participar
(De conhecer+-mento)
in Infopédia
O conhecimento não é bom nem é mau.
É neutro.
O que se faz com ele é que lhe confere qualidades: criativas ou destrutivas.
A capacidade criativa ou destrutiva do indivíduo é proporcional ao conhecimento que o indivíduo detém.
"Knowledge is power", em português, "saber é poder". É?!
É poder criar ou poder destruir.
Conhecimento é responsabilidade
Descubra as diferenças
1 - Qual a diferença substancial entre:
o projecto global – traçar o mapa do genoma humano
e
o projecto individual – “conhece-te a ti mesmo”
Nenhuma
2 - Qual a diferença substancial entre:
as grandes questões do indivíduo
Quem sou eu? identidade; ser alguém; o que se é
De onde venho? origem; princípio; causas
Para onde vou? destino; fim; resultados
O que faço aqui? sentido da vida; sentido na vida; direcção; objectivos; sonhos
e
a as grandes questões da...
Genética
Biologia
Antropologia
Neurologia
Psicologia
Arqueologia
História
Física
Astronomia
etc.
Nenhuma
o projecto global – traçar o mapa do genoma humano
e
o projecto individual – “conhece-te a ti mesmo”
Nenhuma
2 - Qual a diferença substancial entre:
as grandes questões do indivíduo
Quem sou eu? identidade; ser alguém; o que se é
De onde venho? origem; princípio; causas
Para onde vou? destino; fim; resultados
O que faço aqui? sentido da vida; sentido na vida; direcção; objectivos; sonhos
e
a as grandes questões da...
Genética
Biologia
Antropologia
Neurologia
Psicologia
Arqueologia
História
Física
Astronomia
etc.
Nenhuma
12 janeiro, 2006
Rota da paz?
Rota da paz, rota do amor, rota do conhecimento, rota da sabedoria... rota das transformações. Só há uma rota. Todas são a mesma.
"é falta de génio e de perspicácia separarem-se as ciências umas das outras. Nós devemos as maiores verdades de hoje às combinações entre os elementos, até agora separados, da ciência total".
Novalis, in Fragmente (fragmento 16)
"é falta de génio e de perspicácia separarem-se as ciências umas das outras. Nós devemos as maiores verdades de hoje às combinações entre os elementos, até agora separados, da ciência total".
Novalis, in Fragmente (fragmento 16)
Rota da paz, ainda...
Inspirações
A via secreta para o interior
Friedrich von Hardenberg (1772-1801), mais conhecido sob o nome de Novalis, foi um dos incomparáveis representantes do Romantismo alemão. Proveniente do pré-romantismo da escola de Iena, esta corrente de pensamento, espiritual e social, surgiu no fim do século xviii e exerce, ainda nos dias atuais, uma importante influência cultural.A Flor Azul, frequentemente evocada, é o seu símbolo. É preciso saber que essa flor é emprestada do simbolismo alquímico, e que a vida e a obra de Novalis foram profundamente inspiradas pela sabedoria hermética.
"Sonhamos em viajar através do universo. Pois o universo não está em nós? As profundezas de nosso espírito nos são desconhecidas. A via secreta conduz ao interior. Em nós, e em nenhum outro lugar, está a eternidade com seus mundos, o passado e o futuro."1
Bem-aventurado aquele que se tornou sábio que já não especula sobre o mundo e busca em si mesmo a Pedra da Sabedoria eterna. Somente o sapiente é digno de ser adepto – ele transmuta tudo em vida e ouro, sem precisar de elixires. A retorta sagrada nele exala – o rei presente nele está – Délfos também; e finalmente ele compreende: "Conhece-te a ti mesmo".
"O homem sapiente (isto é, que sabe) tornou-se, ele mesmo, a retorta alquímica. Novalis mostra que os processos alquímicos são estágios do autoconhecimento, processos de depuração e purificação no interior da alma".4
1 Novalis, Werke in 2 Bänden, v.2, Colonha:Könemann, 1996, p. 103.
4 Roder, F., Novalis, Die Verwandlung des Menschen, Stuttgart, 1992, p.383.
10 janeiro, 2006
Rota da paz
Peço desculpa a quem vai fartar-se de ler isto, por ser grande, por ser chato, por não fazer sentido. A minha visão é apenas a minha visão. Não é a única e, com certeza, não é a última, nem a melhor. Por enquanto, é a minha melhor. Se, entretanto, alguém achar que pode torná-la melhor, faça favor!
Um debate sobre a paz, uma conversa ou discussão sobre a paz, verifica-se, não é sobre a paz, mas antes sobre a guerra, ou guerras. Fala-se da guerra distante, da guerra exterior, na guerra dos outros. Os discursos são mais ou menos inflamados, o assunto é pertinente e as ideias são articuladas em abordagens intelectualmente pungentes, muitas vezes dignas de mérito, sapiência e erudição académica. Salta para a mesa uma panóplia de elaborações ideológicas, políticas, sociológicas, religiosas, civilizacionais e o assunto é um assunto sério. As guerras dos outros e as pazes que os outros têm de fazer são um assunto mesmo muito sério. Há, em todo o lado, especialistas, analistas e comentadores que conferem seriedade e sobriedade ao tema. Fala-se de economia, política, poder, miséria, terror... Fala-se das causas e efeitos dos conflitos e o assunto é nobre, inteligente, pertinente, urgente e levado muito a sério, porque a paz (ou melhor a guerra) é um assunto muito sério.
Sente-se a necessidade de haver paz e acredita-se que, na presença de determinados factores e na ausência de outros, a paz seria possível; só não é porque os Homens não querem. E, se não querem é porque há interesses de várias ordens a impedir a emergência da paz. É uma questão de vontade. Concordo. A paz exterior, sublinho, é um assunto sério, merece a nossa atenção e intervenção. Também concordo.
Agora mudo de assunto (ou não) e falo de paz interior. Diria: “Sem paz interior, não é possível garantir uma paz exterior sustentada”. Repito: “A paz interior é fundamental!”.
Bem... este assunto não é assim tão sério. Não merece (não tem merecido) o respeito da massa crítica erudita. Não tem qualquer valor objectivo num discurso que se queira respeitável, sensato, realista, inteligente, inteligível, etc.
A paz interior tem estado na prateleira dos misticismos e dogmas de fé - alguns acreditam nisso porque sim. É um produto marginal, associado a práticas monásticas, místicas, alternativas, mais ou menos ingénuas e tolas e, sobretudo, de difícil credibilidade. Enquanto a paz exterior se inscreve na ordem da vontade dos Homens, a paz interior é remetida para o campo das crenças do indivíduo.
Assim sendo, a paz interior não é um objectivo globalmente nobre, nem inteligente, nem lucrativo. Porquê? Porque o individuo não se vê integrado no mundo. Não se sente uma célula do organismo. Pelo contrário, sente que não faz parte “daquilo” que os outros andam a ser e fazer. Mas, sobretudo, porque não acredita (porque assume que a paz interior se inscreve num quadro de fé, mais ou menos alternativo). Não acredita que o indivíduo possa viver em estado de paz interior; crê que o ser humano é por natureza conflituoso e que a natureza humana é essencialmente “má”. Porque o ser humano não é capaz de estar bem, pacificado, em estado de bem-estar. Porque a paz interior e a felicidade são ilusões. O assunto não é sério e um mesmo painel de ilustres especialistas em paz/guerra exterior esboçaria um sorriso trocista de menosprezo e demérito pelo tema.
Como é possível investir tanto tempo, energia e recursos a discutir a paz/guerra no mundo, se não se acredita na paz no indivíduo, ou melhor, no indivíduo em paz? Como é possível ter esperança, sentir a necessidade da haver paz no mundo, se se despreza e desvaloriza a paz interior?
E, a ausência de guerra, de conflito armado, é sinónimo de paz? Há paz nos Balcãs? Há paz na Europa? Há paz em Portugal? Há paz no teu bairro? Há paz na tua família? Há paz no teu local de trabalho? Há paz nas tuas relações pessoais? Há paz dentro de ti?
Até onde a paz é uma assunto sério para ti? Até onde te empenharias a discutir a paz? Em que parte paraste?
Há paz em vários planos, em várias esferas, em vários níveis hierárquicos. Como bonecas russas, cada nível supera o outro, envolvendo-o, adicionando-lhe mais tecido, abraçando mais uma dimensão, até à integração em, e de todas as esferas, escalas e planos. Como do átomo para molécula, da molécula para a célula, da célula para o órgão, do órgão para o organismo, no fim tudo é Um só corpo. E no fim, também só há uma Paz: A paz integral, a paz que integra todos os níveis de existência do indivíduo.
Um debate sobre a paz, uma conversa ou discussão sobre a paz, verifica-se, não é sobre a paz, mas antes sobre a guerra, ou guerras. Fala-se da guerra distante, da guerra exterior, na guerra dos outros. Os discursos são mais ou menos inflamados, o assunto é pertinente e as ideias são articuladas em abordagens intelectualmente pungentes, muitas vezes dignas de mérito, sapiência e erudição académica. Salta para a mesa uma panóplia de elaborações ideológicas, políticas, sociológicas, religiosas, civilizacionais e o assunto é um assunto sério. As guerras dos outros e as pazes que os outros têm de fazer são um assunto mesmo muito sério. Há, em todo o lado, especialistas, analistas e comentadores que conferem seriedade e sobriedade ao tema. Fala-se de economia, política, poder, miséria, terror... Fala-se das causas e efeitos dos conflitos e o assunto é nobre, inteligente, pertinente, urgente e levado muito a sério, porque a paz (ou melhor a guerra) é um assunto muito sério.
Sente-se a necessidade de haver paz e acredita-se que, na presença de determinados factores e na ausência de outros, a paz seria possível; só não é porque os Homens não querem. E, se não querem é porque há interesses de várias ordens a impedir a emergência da paz. É uma questão de vontade. Concordo. A paz exterior, sublinho, é um assunto sério, merece a nossa atenção e intervenção. Também concordo.
Agora mudo de assunto (ou não) e falo de paz interior. Diria: “Sem paz interior, não é possível garantir uma paz exterior sustentada”. Repito: “A paz interior é fundamental!”.
Bem... este assunto não é assim tão sério. Não merece (não tem merecido) o respeito da massa crítica erudita. Não tem qualquer valor objectivo num discurso que se queira respeitável, sensato, realista, inteligente, inteligível, etc.
A paz interior tem estado na prateleira dos misticismos e dogmas de fé - alguns acreditam nisso porque sim. É um produto marginal, associado a práticas monásticas, místicas, alternativas, mais ou menos ingénuas e tolas e, sobretudo, de difícil credibilidade. Enquanto a paz exterior se inscreve na ordem da vontade dos Homens, a paz interior é remetida para o campo das crenças do indivíduo.
Assim sendo, a paz interior não é um objectivo globalmente nobre, nem inteligente, nem lucrativo. Porquê? Porque o individuo não se vê integrado no mundo. Não se sente uma célula do organismo. Pelo contrário, sente que não faz parte “daquilo” que os outros andam a ser e fazer. Mas, sobretudo, porque não acredita (porque assume que a paz interior se inscreve num quadro de fé, mais ou menos alternativo). Não acredita que o indivíduo possa viver em estado de paz interior; crê que o ser humano é por natureza conflituoso e que a natureza humana é essencialmente “má”. Porque o ser humano não é capaz de estar bem, pacificado, em estado de bem-estar. Porque a paz interior e a felicidade são ilusões. O assunto não é sério e um mesmo painel de ilustres especialistas em paz/guerra exterior esboçaria um sorriso trocista de menosprezo e demérito pelo tema.
Como é possível investir tanto tempo, energia e recursos a discutir a paz/guerra no mundo, se não se acredita na paz no indivíduo, ou melhor, no indivíduo em paz? Como é possível ter esperança, sentir a necessidade da haver paz no mundo, se se despreza e desvaloriza a paz interior?
E, a ausência de guerra, de conflito armado, é sinónimo de paz? Há paz nos Balcãs? Há paz na Europa? Há paz em Portugal? Há paz no teu bairro? Há paz na tua família? Há paz no teu local de trabalho? Há paz nas tuas relações pessoais? Há paz dentro de ti?
Até onde a paz é uma assunto sério para ti? Até onde te empenharias a discutir a paz? Em que parte paraste?
Há paz em vários planos, em várias esferas, em vários níveis hierárquicos. Como bonecas russas, cada nível supera o outro, envolvendo-o, adicionando-lhe mais tecido, abraçando mais uma dimensão, até à integração em, e de todas as esferas, escalas e planos. Como do átomo para molécula, da molécula para a célula, da célula para o órgão, do órgão para o organismo, no fim tudo é Um só corpo. E no fim, também só há uma Paz: A paz integral, a paz que integra todos os níveis de existência do indivíduo.
06 janeiro, 2006
sobre a paz
Porque está na boca de todos nós, e porque parece que urge, pergunto:
Queres que haja paz apenas porque te dás conta da existência da guerra?
Queres paz em oposição, por oposição à guerra?
Conheces a paz?
O que realmente sentes: a paz ou a guerra; ao que és mesmo sensível? o que é que realmente mexe contigo, te move, te faz falar... a paz ou a guerra?
O que é que te move, o amor ou o sofrimento?
És um fazedor de paz ou sobretudo um crítico da guerra?
Sentes paz?
Sentes-te em paz?
Tens paz no teu coração... ou tens ódio?
(mesmo que seja contra a guerra... é ódio, ira, raiva, revolta, não é?! e então? ... no fim, o teu coração é apenas um veículo de ódio e de revolta que percorre a tua própria vida. contaminha-a. envenena-a. notas?!)
Falas paz, ou falas contra a guerra?
Vives em paz ou vives contra a guerra?
Experimentas paz ou experimentas a angústia de viver num mundo onde, sobretudo, só vês guerra?
Crias paz ou crias revoltas e amplias angústias e frustrações?
Antes de quereres a Paz no Mundo... antes de falares contra a Guerra no Mundo... faz um minuto de silêncio... por ti.
Encontra a tua paz... termina as tuas próprias guerras. larga as armas. deixa a paz reinar no teu coração, no teu mundo. sente paz. fala paz. experimenta paz. sê paz. faz as pazes contigo. depois com o teu mundo. e, quem sabe, mesmo muito antes do que possas imaginar possa haver paz no Mundo. faz a tua parte.
Não podes mudar os outros. Só transforma o mundo aquele que se transformou a si próprio.
fica em paz.
Queres que haja paz apenas porque te dás conta da existência da guerra?
Queres paz em oposição, por oposição à guerra?
Conheces a paz?
O que realmente sentes: a paz ou a guerra; ao que és mesmo sensível? o que é que realmente mexe contigo, te move, te faz falar... a paz ou a guerra?
O que é que te move, o amor ou o sofrimento?
És um fazedor de paz ou sobretudo um crítico da guerra?
Sentes paz?
Sentes-te em paz?
Tens paz no teu coração... ou tens ódio?
(mesmo que seja contra a guerra... é ódio, ira, raiva, revolta, não é?! e então? ... no fim, o teu coração é apenas um veículo de ódio e de revolta que percorre a tua própria vida. contaminha-a. envenena-a. notas?!)
Falas paz, ou falas contra a guerra?
Vives em paz ou vives contra a guerra?
Experimentas paz ou experimentas a angústia de viver num mundo onde, sobretudo, só vês guerra?
Crias paz ou crias revoltas e amplias angústias e frustrações?
Antes de quereres a Paz no Mundo... antes de falares contra a Guerra no Mundo... faz um minuto de silêncio... por ti.
Encontra a tua paz... termina as tuas próprias guerras. larga as armas. deixa a paz reinar no teu coração, no teu mundo. sente paz. fala paz. experimenta paz. sê paz. faz as pazes contigo. depois com o teu mundo. e, quem sabe, mesmo muito antes do que possas imaginar possa haver paz no Mundo. faz a tua parte.
Não podes mudar os outros. Só transforma o mundo aquele que se transformou a si próprio.
fica em paz.
04 janeiro, 2006
Subscrever:
Mensagens (Atom)