27 julho, 2007
Maestro da Paz
Diz que o silêncio é como a força da gravidade - todo o som é atraído pelo silêncio e aí se precipita.
Diz também que uma orquesta é um exercício de integração e conciliação. Todos têm de se ouvir e ouvir os outros - é um diálogo feito com generosidade, respeito, igualdade, humildade...
Daniel Barenboim vai estar em Portugal com a West-Eastern Divan, fundada por si.
Esta orguestra que não é apenas um projecto musical, mas também um fórum para o diálogo e reflexão sobre o problema Israelo-palestiniano. Através dos contactos interculturais estabelecidos pelos artistas, o projecto pode ter um papel importante no ultrapassar das diferenças políticas e culturais entre países tradicionalmente rivais. Neste modelo, uma orquestra serve como um bom exemplo de uma vivência democrática e civilizada. A base da orquestra é formada por músicos israelitas e árabes em igual número, a que se juntam intérpretes andaluzos. Desde a sua criação em 1999, a West-Eastern Divan Orchestra apresentou-se em vários países europeus (Espanha, Alemanha, Reino Unido, França e Suíça) e América (EUA, Argentina, Uruguai e Brasil).
20 julho, 2007
Imaginação com Valor
e o valor da imaginação
Do schools today kill creativity? (Ken Robinson, TEDTalks)
O sistema de ensino actual está a matar a criatividade?
via o último metro que chegou à última estação... desejo-te novas boas viagens!
Do schools today kill creativity? (Ken Robinson, TEDTalks)
O sistema de ensino actual está a matar a criatividade?
via o último metro que chegou à última estação... desejo-te novas boas viagens!
17 julho, 2007
09 julho, 2007
A Evolução da Forma
A evolução da forma
Toda forma que vês
tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.
Se a forma esvanece, não importa,
permanece o original.
As belas figuras que viste,
as sábias palavras que escutaste,
não te entristeças se pereceram.
Enquanto a fonte é abundante,
o rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos
dois se detém?
A alma é a fonte,
e as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.
Tira da cabeça todo o pesar
e sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.
Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti,
para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti?
Finalmente foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo; um punhado de pó
vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.
Passa de novo pela vida angelical,
entra naquele oceano,
e que tua gota se torne o mar,
cem vezes maior que o Mar de Oman.
Abandona este filho que chamas corpo
e diz sempre Um; com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.
Jalal ud-Din Rumi
Poeta e místico sufi do século XIII
(Poemas Místicos, Ed. Attar, 1996)
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