Easter, Páscoa em inglês, deriva do nome da Deusa Eostre, ou Ostara.
Eostre, deusa anglo-saxónica da fertilidade, era (e é ainda) celebrada no Equinócio da Primavera com danças e festejos ao ar livre, no campo. Saudava-se assim a chegada da Primavera, época da fertilidade e ressurgimento da vida por excelência depois do longo Inverno.
Os símbolos associados a Eostre são o Ovo, a Lua e o Coelho, seu animal sagrado.
ilustração
O ovo e a lua, bem como o coelho são formas de dizer a fertilidade em analogia e correlação com a Natureza. É um facto que, mesmo nós mamíferos, devemos a nossa concepção à fecundação do ovo (óvulo) e que os ciclos de fertilidade feminina e da Natureza estão intimamente ligados aos ciclos do Sol e da Lua. Assim, os festejos em honra de Eostre são uma forma de dar as boas-vindas ao Sol que, por este época, se sobrepõe à noite, despertando a Natureza para esta fantástica explosão de vida.
A Lua, ovo universal, liga-se ao óvulo feminino e ao ciclo menstrual, bem como à própria evolução fecunda da vida e da Terra, sempre em eterno movimento e alternância cíclica: desde a jovem virgem - a que ainda não foi mãe; passando pela forma adulta - a mãe que concebe e faz nascer, terminando na anciã e sábia, para voltar de novo ao princípio.
A celebração da Páscoa cristã decalcou os festejos dedicados a Eostre e absorveu os seus símbolos: os ovos e amêndoas (a forma oval é por de mais evidente) e os coelhinhos da Páscoa. Sobre os coelhos, a sua simbologia associa-se à fertilidade, e deve-se fortemente ao facto de serem animais que criam as suas generosas ninhadas em tocas (no interior da terra). Ilustra-se assim o renascimento da vida a partir de um estado embrionário, de recolhimento, a qual emerge do subsolo, numa afirmação de vitória sobre a escuridão do Inverno. A própria deusa Eostre, segundo algumas versões que relatam o mito, nasceu de um ovo incubado no solo e que eclodiu da própria terra, em analogia com a vegetação e animais que, após o período de hibernação, saem para o exterior.
Entenda-se que o Pensamento dos Antigos, o qual elevava a Natureza a uma ordem divina através da representação mitológica e expressa pelo rito, compreendia uma leitura: tudo na Natureza é sagrado.
Muito a propósito, aqui fica a pertinente recomendação da Greentea
18 comentários:
O teu post é tão interessante (como de costume!) que vou voltar para o ler com mais calma. Vinha-te só deixar o link para o post sobre ecoaldeias no http://desenvolvimentoecologico2.blogspot.com/, quando tiver um bocadinho de tempo deixo-te mais links, beijos
Obrigada!!!!
fica aqui então o meu recado, Jardineira, caso eu não diga nda hoje, é mesmo porque me faltou o tempo...
beijokas!
até logo!
que lindo texto,! Tu leste as Brumas de Avalon?
Estava adar uma espreitadelao ao comment da Jardineira : eu recebo informação das ecoaldeias, por mail se ela estiver interessada; mas isso creio que vem também através do site da infonature.
Beijos para as duas , bom descanso
Viva a Natureza
Vivam os Animais
um pequeno áparte - eu sou tão burra nisto que não sei como se passa para outro site, como tu fizeste aqui com o meu.
Hás-de explicar-e melhor qd eu voltar.
bjs.
Olá Sa.ra ... estava de "ladinho" nos meus favotritos, assim como todos os que digam respeito a Natureza, Música, Arte ... enfim, o costume no retiro dos 58! Sou a EP que anda por aí, cheia de amigas/os que não conhecia. Não tenho blog para me explicar.Mas se fôr em benefício das aldeias que a Greentea mostra- e o "I have a dream"- eu queria poder "entrar",
gosto tanto daquelas escolas (apesar do antigamente não me agradar) ... e pedras ... O que se pode fazer? EP
Não te preocupes Sa.ra, e boa Páscoa, amanhã não posso vir aqui!
Postei sobre isso aquando do Equinócio da Primavera. Beijinho e bos Páscoa.
Sa.Ra, é linda a sensibilidade que semeia nos post´s.
Um bom dia feliz.
Beijinho.
Greentea,
boas férias!
bom regresso... uma Páscoa muito feliz!
(do resto falamos depois!)
:)
beijos, beijos!
Oh Tetracloro... não vi!
pois... parece-me que nessa altura não visitava a tua alegre casa!
mas prometo que vou lá dar uma espreitadela... ao Equinócio!
beijos!
um dia feliz!
Maria do Céu,
Agradeço a sua presença com um sorriso, pode ser?
beijinhos
um dia muito feliz!
Olá EP,
Bem-vinda!
por enquanto SONHAMOS...
muito!
tão bom, não é?!
tenho (temos vontade) Vontade... mas falta algumas coisas...
que tal contar o seu sonho?!
quem sabe não podemos sonhar juntas, em equipa!
fico à espera!
se preferir, pode escrever para o e-mail... está lá em cima, junto à "música"... aqui escreve-se nas "folhas", como nas das árvores!
:)
beijinhos
Um dia muito feliz!
Sa.Ra, à sua pergunta deixada lá no "a direcção do voo", responde claro que é o mesmo...
Obrigada!
Um sorriso, um beijinho e um dia muito feliz.
Ressalvo: respondo, claro que é o mesmo...
Bom dia..
E no aroma deste post, demos graças a Diana.
Bjos
Sem dúvida Mem Gimel!
Saudações à vigorosa força de Diana!
bjos
uma feliz Páscoa!
Tarde (onde já vai a Páscoa) mas só agora entrei neste blog).
Aqui em terra de Lusitanos, terra da Serpente, era costume festejar de igual modo os equinócios e os solstícios.
A Deusa mais conhecida era Ataégina, Deusa da fertilidade, Mãe e infernal, tríplice como todas as deusas costumam ser.
Outras haviam.
O Deus solar mais conhecido era Endovellico, o que levava as almas para o outr mundo, Deus Sol.
Não é necessário importar culturas. Nós, dependendo da região e Portugal onde vivemos, Lusitanos, Béticos (Algarve) ou da Gallecia (Minho), temos a nossa própria tradição que ninguém procura.
Muito curioso, esse texto...
Dan Brown, no seu "Código de Da Vinci" denuncia bem o que a Igreja Católica sempre fez para deturpar a pureza dos ritos ancestrais subjacentes. Só pela sua coragem de trazer tal denúncia ao grande público, o considero, mais que um grnade escritor, um grande Homem.
Re-liguemo-nos, então, com a Natureza, da Primavera!
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