23 maio, 2006

morte anunciada

Achei-me no túmulo,

Sobre a Pedra.

Olhei-me,

Defunta de mim própria, sorri, tão grata.

Aprendi a amar a Morte.

Nekhbet

"Em verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá sozinho; mas, se morrer, dará muitos frutos"

João: 12,2

30 comentários:

sa.ra disse...

Meu amigo jorgesteves,

o João testemunhou-o:
a Morte não existe!

o Trigo é um símbolo fabuloso!

beijinho!
dia muito feliz!

sulivan disse...

Hummm posto muito interessante :-)

Teresa Durães disse...

A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome para qualquer fim

Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue de um peito aberto sai

O vento que da nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal

E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale

À lei assassina, à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rira melhor quem rirá por fim

Na curva da estrada hà covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação

Zeca Afonso

Anónimo disse...

A Morte não existe!
A morte não é o fim de uma vida mas o inicio de uma descoberta de uma nova realidade transcendente....
Adorei o poema!
Por vezes é necessario "morrer"...para descobrir que viver é a melhor coisa que um ser humano pode fazer...
Bjs.

teresa g. disse...

E espera-se o renascer!
Beijinhos!

sa.ra disse...

Terricha,

olá!
obrigada pela visita!

beijinho
dia muito feliz

sa.ra disse...

Teresa,

que bela lembrança!

poesia à solta... campos fora... como bandos de pardais!

beijinho
dia muito feliz

sa.ra disse...

yinyang,

olá... obrigada pela visita e pelo comentário!

não há nada de novo que não tenha sido obtido a partir do fim daquilo que existia antes!
:)

o big bang foi sem dúvida a grande e "destrutiva" explosão... e verifica-se um caos fecundo!
nada a temer!

beijinho!
dia muito feliz!

sa.ra disse...

Jardineira Aprendiz!

disso sabes tu tão bem... pelas tuas próprias mãos!

tudo o que morre, morre para dar lugar a uma nova (forma de) vida!

beijinhos!
dia muito feliz!

ruth iara disse...

A Fênix...
Está tudo muito bem explicado aqui.
Descobri um medo da morte em mim que não é o medo da morte física, mas o medo da fragmentação. No entanto, a fragmentação faz parte do caminho espiral do ego, do processo de individuação e do processo criativo. Compreender isso e lembrar disso é muito importante e em boa hora.

Felicidades, querida! Vamos de quando em vez morrendo um pouco e renascendo, mas não faz mal se morrermos de amor.

Helder Ribau disse...

escreves tao bem... é uma delicia ler-te...

sa.ra disse...

Olá Ruth!

é a Fenix, sem dúvida! a minha querida Fénix que se incenera a si própria, para renascer das suas próprias cinzas!
Está na história do Tempo, desde a noite dos tempos!

Haja olhos para ver e coração para sentir, assim, como os teus!

beijinhos
dia muito feliz!

sa.ra disse...

Obrigada Helder Ribau!
muito gentil a tua presença!

beijinho
dia muito feliz

greentea disse...

na natureza nada se perde...

o João sabia disso
o Lavoisier tb

e outros, muitos outros...


beijos - dialogantes!

já aprendi os links - era tãaaaaaaaaaaaaaaaa0 dificil!!!
e o Tom ? foste espreitar o blog dele e o post sobre o Diálogo?

bjs

sa.ra disse...

Greentea!

:)

nada se perde, nada se ganha... né?

beijinhos!

sa.ra disse...

liliana,

está nas narrativas dos mitos-histórias-dos-homens-e-dos-deuses!

lições intemporais! verificáveis! exactas!

:)
beijinhos
dia muito feliz

João Barbosa disse...

A morte é uma passagem e o nascimento é outra. Mas não me apetece comentar. Apetece-me mais dizer que gosto das tuas palavras, dos teus pensamentos e do teu blog.
Beijinho

Tom disse...

Olá Ruth!
Muito obrigado pelo carinho de sua visita. Esteja à vontade para explorar o meu blog e entender um pouco mais sobre "Um Ser Diferente".
Volte por lá mais vezes, ok?
No seu post de hoje, observo um lindo versículo de João. Para mim, a tradução mais aproximada da palavra mudança!
Boa semana pra ti!
Tom

sa.ra disse...

Olá Tom

bem ... o meu nome não é Ruth... mas há uma Ruth que também aqui vem! se não conheces ainda, aposto que vais gostar quando conheceres!
:)



obrigada pela visita!
o João agracede também, acho!

beijinhos!

sa.ra disse...

João Barbosa!

Obrigada e idem!

beijinhos!

Isabel José António disse...

Amar a morte para se renovar
Morrer para o que é conhecido
É outra forma de se encontrar
Completamente rejuvecescido

Há tantos tipos de morte
Que dão lugar a outros níveis
Que não morrer é uma má sorte
Que não julgavamos já críveis

Parabéns cara Sa.ra

Muito belo

José António

Era uma vez um Girassol disse...

Prefiro pensar na vida e deixaria a morte sossegada...
O meu pai costumava dizer: "não acordes moscas que estão a dormir..."
E é assim com a morte....
Bjs

sa.ra disse...

José António,

está tudo dito meu amigo! o teu poema-síntese é claríssimo!
:)
Obrigada

beijinho
dia muito feliz!

sa.ra disse...

era uma vez um girassol,

:)

beijinhos!
dia muito feliz, cheio de vida!

sofyatzi disse...

Curto, mas tocante!
Adorei!

as velas ardem ate ao fim disse...

Não quero falar s/ morte!
1 bjinho e dsc

sa.ra disse...

Sofyatzi,
obrigada pela visita!
dia muito feliz!

sa.ra disse...

velas que ardem até ao fim,

não precisas pedir desculpa...
não queres falar sobre morte, tudo bem...
:)
não tens de falar sobre o que quer que seja...

beijinho
dia muito feliz!

teresa g. disse...

Espreitando...
;)
... para ver o que germina!
Bjinho

calvin disse...

Apetece-me responder com uma questão: pode o homem vencer o medo da morte? Depende daquilo em que este acredita. Mesmo assim, o medo é uma viagem para o desconhecido, para o outro plano, que também é outra forma de vida, despido do corpo que hoje habita.
Acredito na imortalidade da alma, como creio na reencarnação. Temos muitas vidas, mas um único espírito, porque não somos apenas uma gota no oceano. E sobre este tema fica tanto por dizer...
Beijinhos