31 março, 2006

investigação

roseiral
Agradeço às rosas e à senhora que me as vendeu, na estrada do Cabo da Roca.



Inquérito
A verdade investiga-se até às últimas consequências
As últimas consequências são as primeiras de outras
Todas as consequências da verdade são libertadores
A libertação traz leveza
A leveza é as nossas asas
Voar é possível a todos os corpos, mesmo aos mais pesados
Voar é acreditar no sonho
O sonho é o caminho
O fim não existe
Acreditas?


“Sê honesto contigo próprio, e daí seguir-se-á tão seguramente como a noite se segue ao dia, que não poderás ser falso para com os outros.”
William Shakespeare, Hamlet



29 março, 2006

polinização



Hoje sou traficante de pólen
e se não for apanhada pelas entidades (in)competentes,
corre-se o risco de a Primavera florir com tanta força
que nem as árvores vão conseguir deixar de rir às gargalhadas!

E não convém que haja alarido.
Há passarinhos bebé a dormir nos ninhos.

a portadora de alegria


Feliz aniversário princesa-filha-lagartixa!

Passa uma Borboleta

Passa uma borboleta por diante de mim
E pela primeira vez no Universo eu reparo
Que as borboletas não têm cor nem movimento,
Assim como as flores não têm perfume nem cor.
A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
No movimento da borboleta o movimento é que se move,
O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
A borboleta é apenas borboleta
E a flor é apenas flor.

Alberto Caeiro

Sol - Lua - Terra



Eclipse total... há outra luz no céu hoje!

acompanhar aqui

28 março, 2006

faz falta

faz (me) mesmo falta...

dormir
descansar

faz (me) mesmo falta...

parar

23 março, 2006

"A sabedoria que já vive"


Fulfilment, Gustav Klimt

A sabedoria reside em todo o lado e está, claro, dentro de nós, literalmente. Basta olhar, basta sentir! Os Antigos não precisaram de provas científicas para compreender isto. No período Iluminista, também, ainda sem super-microscópios ou tecnologia moderna, Novalis, entre outros, voltou a lembrar que a via era para o interior (não há nada mais simples e complexo do que isto! Mas também não há nada mais valioso ou apaixonante do que isto – “Conhece-te a ti próprio”).
Não há mais mistérios ao alcance do Homem a que o Homem comum não possa aceder. Nunca houve, aliás! Basta olhar para dentro, observar e ver com os olhos da objectividade ou da razão, com os olhos da intuição, do coração e com os olhos do Espírito. Basta unir todas as visões numa só Visão! O nosso corpo é um Livro, pode ser o Único até. Não é preciso ir mais longe. Está tudo aqui, cá dentro!
É tempo de perceber que cada uma das nossas células está no nosso organismo, como estamos na Terra - para e na Humanidade, para e na Natureza, para e na Vida. É tempo de perceber que uma célula está para e no nosso organismo como a Terra está para e no Universo.
Somos todos - deste as células, órgão ou organismos - partes inteiras dentro de um todo. Cada parte/todo vai além si mesmo e inclui – integra! O meu fígado, por exemplo, vai além das células que o compõem e integra-as. A integração é a ligação do Todo e a capacidade de sentir-se parte/todo, na diferença e na semelhança! Somos todos Um!
Que cada um faça a sua parte e se ligue ao todo, assim como todas as células do meu corpo fazem a sua parte, ligam e estão/são ligadas ao todo que Eu Sou.

sa.ra




"A sabedoria que já vive" (identificar-se com a inteligência corporal)

«Nenhum destes pontos é uma aspiração espiritual; são factos da vida quotidiana, ao nível das células.
Objectivo mais elevado: Cada célula do seu corpo aceita trabalhar para o bem-estar do todo; o seu bem-estar individual surge em segundo lugar. Se necessário, morre para proteger o corpo, e muitas vezes assim é – o tempo de vida de qualquer célula é um fracção do nosso próprio tempo de vida. As células da pele morrem aos milhares, a cada hora, o mesmo acontecendo com as células imunitárias que combatem micróbios invasores. O egoísmo não constitui uma opção, mesmo que se trate da sobrevivência de uma célula.


Comunhão: Uma célula mantém-se em contacto com todas as outras células. As moléculas mensageiras acorrem a toda a parte para comunicar aos recantos mais afastados do corpo qualquer desejo ou intenção, por mais ténue que seja. Retrair-se ou recusar-se a comunicar não constituem opções.

Consciência: As células adaptam-se, momento a momento. Mantêm-se flexíveis para poderem responder a situações inesperadas. Ficar preso a hábitos rígidos não constitui uma opção.

Aceitação: As células reconhecem-se umas ás outras como igualmente importantes. Cada função no corpo está interdependente de todas as outras. Desempenhá-la sozinho não constitui uma opção.


Criatividade: Embora cada célula tenha uma conjunto de funções únicas (as células do fígado, por exemplo, podem desempenhar cinquenta tarefas diferentes), estas conjugam-se de formas criativas. Uma pessoa pode digerir alimentos que nunca comeu antes, ter pensamentos que nunca lhe ocorreram, dançar de uma forma que antes nunca se viu. Agarrar-se a um velho comportamento não constitui uma opção.

Ser: As células obedecem ao ciclo universal de repouso e actividade. Embora este ciclo se expresse de muitas formas, como as flutuações hormonais, da pressão arterial e dos ritmos digestivos, a expressão mais óbvia é o sono. Porque razão precisamos de dormir continua a ser um mistério para a medicina e, no entanto, surge a disfunção total se não gozarmos dos seus benefícios. No silêncio da inactividade, o futuro do corpo está em incubação. Ser obsessivamente activo ou agressivo não constituem opções.

Eficiência: As células funcionam com o mínimo gasto possível de energia. Por norma, uma célula armazena apenas três segundos de alimento e oxigénio dentro da sua membrana celular. Confia plenamente em que tomarão conta dela. Um consumo excessivo de alimentos, ar ou água não constitui uma opção.

Ligação: Devido à sua herança genética comum, as células sabem que são fundamentalmente iguais. O facto de as células do fígado serem diferentes das do coração, e de as células musculares serem diferentes das cerebrais, não nega a sua identidade comum. E esta é imutável. Em laboratório, uma célula muscular pode ser transformada geneticamente numa célula cardíaca recorrendo à fonte comum. As células saudáveis permanecem ligadas à sua fonte independentemente do número de vezes que se dividam. Para elas ser um proscrito não constitui uma opção.

Dar: A actividade primária das células é dar, o que mantém a integridade de todas as outras células. Um empenhamento total em dar torna automático o receber – é a outra metade do ciclo natural. O açambarcamento não constitui uma opção.

Imortalidade: As células reproduzem-se para transmitirem os seus conhecimentos, experiência e talentos, não escondendo nada aos seus descendentes. É um tipo de imortalidade prática, submetendo-se à morte, no plano físico, mas derrotando-o, no não físico. O fosso entre gerações não constitui uma opção

Excerto de “O livro dos segredos”, Deepak Chopra

22 março, 2006

doi-me tudo



Por favor, façam a vossa parte!

Amor Puro

aguar

Hoje, Dia Internacional da Água
conjugo o Verbo

Eu aguo


Tu aguas



Ela agua

Nós (des)aguamos... aqui

21 março, 2006

hoje, dia mundial da poesia




Sou um Guardador de Rebanhos

Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto.
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,

Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.


Alberto Caeiro

(des)Confiar

Não acredites em alguma coisa simplesmente porque a escutaste.
Não acredites em tradições simplesmente porque provêm desde há muitas gerações.
Não acredites em algo só porque é falado ou é motivo de rumor por muitos.
Não acredites em algo simplesmente porque vem escrito nos teus livros religiosos.
Não acredites em algo simplesmente porque é dito pelas tuas professoras ou anciãos.
Mas, após observação e análise quando encontrares que algo vai de acordo com a razão e é conduzível à felicidade e benefício de uma só pessoa e de todas, então aceita e vive-o.

Kalama Sutta - Buda Shakyamuni

20 março, 2006

Primavera


Roda da Vida ou Ciclo da Vida
O tempo é uma ilusão, que desenhamos em forma de seta apontada ao futuro.
Pois Tudo volta e tudo se repete!
O tempo é Um em constante movimento.
Festeje-se, então, o retorno da estação da vida e da fertilidade.
(este ano, o Equinócio da Pimavera acontece hoje)

17 março, 2006

ser meditativo


"Abandonai pois a mente que imagina alvos
E, sem nada conceber, permanecei sem corrigir nem alterar o que se manifesta.
Sem distinguir o sujeito do objecto, ficai na grande liberdade natural"
Longchenpa (1308-1363)

16 março, 2006

O Olho




Se sou sempre o Outro, então quem Sou Eu?

És a Testemunha silenciosa.

15 março, 2006

alimentar a criança


ilustração: http://www.aumania.it/fantasyart.html

Era uma vez, há muito, muito tempo um reino que ficava numa floresta encantada. Era um reino onde todos eram felizes. O rei governava bem e todos estavam satisfeitos. A causa da felicidade daquele reino era a fonte. A água era mágica. Todos bebiam dali, da água que garantia a harmonia do pequeno país.
Um dia, uma bruxa que vivia na floresta, farta de ver tanta felicidade, revolveu envenenar a água da fonte.
O rei foi o primeiro a beber e ficou imediatamente louco. Os habitantes do reino estranharam o comportamento do rei e, como atentava contra a harmonia a que estavam habituados, decidiram expulsá-lo.

Entretanto, um após outro, todos beberam da água e todos enlouqueceram. Por fim, quando todos os habitantes ficaram loucos decidiram procurar o rei, para trazê-lo de volta. O rei estava curado; finalmente tinha recuperado o juízo.

14 março, 2006

jardim da paz


“Gosto imenso de viver aqui”, afirmou Tomás. “Estou sossegadinho da vida”.
Tomás tem perto de 80 anos e é natural de Cabo Verde. Está em Portugal desde 1978. Vive com a mulher há mais de 15 anos num bairro degradado de Lisboa, no concelho de Odivelas. Tomás e Lourença estão casados há 51. “Paria todo o dia”, contou a mulher. “Tive 10 filhos. Enterrei seis”.


Visitei este bairro várias vezes. Saí de lá sempre com a estranha sensação de ter estado num universo paralelo. A miséria, a pobreza atravessam o corpo e o cheio putrefacto da lixeira a céu aberto teima em não largar as narinas. Voltei sempre agoniada... pálida. Quando passava a barreira, a fronteira que divide aquele mundo do mundo “normal”, senti sempre um choque indescritível. Lá dentro, vive-se a vida comum daquele lugar. Quando se sai, sente-se o enjoo do desembarque. O "regresso a terra" provoca uma náusea inexplicável.

Naquele bairro as pessoas dormem até tarde para saltar refeições. Poupa-se na angústia de sentir fome e não ter o que comer. Na rua, correm valas de água podre e nas barracas, dentro delas, há tantas histórias quanto pessoas. Há muita miséria, muita. Mas também há sorrisos que são ensinamentos impagáveis.

Não pode entrar-se naquele aglomerado de barracas de qualquer forma. Estive lá em trabalho, protegida por um colete, cujo emblema é símbolo de amizade e ajuda. A mim permitiu-se atravessar as ruas, entrar e sentar, conversar...

No dia em que conheci o sr. Tomás, conheci também a mulher Lourença e o neto de 9 anos (O menino estava de férias no bairro. Preferia estar ali, junto dos avós e amigos, do que no apartamento na periferia de Lisboa onde vive com a mãe). Escoltaram-me bairro fora, para que não andasse sozinha. Os assaltos, mesmo em pleno dia, são frequentes. E, nesse dia, conheci um lugar fabuloso. Um lugar que é mais do que um pedaço de chão; é também um lugar psicológico, afectivo, cujo significado está para além poucos metros quadrados que ocupa: a horta. A horta do sr. Lourenço reflecte uma abundância profunda. Ali, cultiva-se alimento – alimento que nutre o corpo e a alma.
“É o meu divertimento”, declarou. “Nós que somos velhos andamos sempre a cantar”. Tomás é um homem feliz. O brilho no olhar e o sorriso aberto confirmam a declaração. “Estou no meu jardim da paz”, disse.



E, de facto, sente-se isso ali: paz, alegria, amor. O solo, a água, o sol e o céu mostram uma generosidade insuspeita naquele lugar. Começa tudo dentro de Tomás, estende-se à terra e as trocas ocorrem. Há outro mundo dentro daquele bairro de pobreza. Há sempre um mundo mais gentil em cada coração que semeia e conspira com a Natureza. Através dela contacta-se com a bondade última da Vida. Através dela compreende-se a impermanência dos ciclos e a através dela renova-se a certeza de que tudo está sempre em movimento; de que nada é definitivo e que, seguramente, o sol voltará a brilhar ao amanhecer.

13 março, 2006

celebrar a cor


Foto: Rajesh Kumar Singh/AP

"'Sadhus', homens santos hindus, cumprem rituais durante o Holi, o festival das cores, em Varanasi, na Índia. Esta celebração hindu anuncia a chegada da Primavera. "

in http://www.publico.clix.pt/ (13.03.2006)


Festival Holi, Varanasi, India.
Durante este festival pó colorido é atirado por toda a parte e sobre qualquer pessoa.
Foto: http://www.bipinchandra.co.uk/belief/belief2.html


Pó Holi, Gujerat, India.
Pó colorido usado durante a festa que anuncia a chegada da Primavera.
Foto: http://www.bipinchandra.co.uk/belief/belief2.html

10 março, 2006

saídos da noite



Morrer é deixar morrer em nós próprios aquilo que já não nos serve ou alimenta

Esta não é uma época de morte e, por isso, não planeava falar sobre ela. Mas, de facto, é impossível falar em vida e celebrar o seu retorno, sem mencionar a morte. A Natureza é sábia e mostra-nos a fecunda alternância entre a noite e o dia, o caos e a ordem, a vida e a morte. O Inverno está a terminar e com a chegada da Primavera a promessa de um renascimento torna-se concreto. Não há nenhum misticismo nisto: a Natureza renova-se. Os prados, antes adormecidos, enchem-se de flores, as aves retornam e constroem os seus ninhos. Há crias novas nos rebanhos e folhas e flores a rebentar nas árvores. Isto é o renascimento. Estamos aqui, somos da Terra, e participamos deste e neste eterno ciclo de morte e renascimento.

Seguir a Natureza
A “morte” ocorre no Outono e no Inverno. As copas da árvores caem, a seiva recolhe-se e muitos animais hibernam. É tempo de recolhimento, de viragem para o interior – de olhar para dentro. A morte é, então, a morte em nós próprios, daquilo que já não produz vida em nós. Assim como a terra, no fim da colheitas, precisa de repouso, limpeza e reequilibrar-se, também nós precisamos parar, limpar os detritos, arrancar as raízes podres, lavrar a arejar a nossa matéria, o nosso coração, a nossa alma e o nosso espírito. Deste modo, em sintonia com a Natureza, deixamos ir o que nos pesa, libertamo-nos daquilo que já não é fecundo, limpamos a nosso coração e escavamos fundo em nós, para enterrar as sementes de uma nova vida.



Morrer é renunciar ao que já não nos serve – crenças, interesses, ideias, hábitos, comportamentos, mágoas, ressentimentos, expectativas, frustrações, etc. Morrer é libertarmo-nos de um passado, agora, estéril, esgotado, como a terra que já deu fruto. Morrer é perdoar, a nós próprios e aos outros. É aceitar que fizemos o melhor que podíamos e sabíamos e deixar ir, sem mágoa, aquilo que já não tem remédio.

Morrer bem
E é assim que preparamos a nossa própria terra para uma nova época de vida. É também assim que a fertilizamos e lhe damos força. No fundo de nós prepara-se a intenção e o desejo de criar algo novo, de fazer diferente, de crescer - de renascer.
Toda a Natureza participa deste mistério da morte e renascimento. As árvores deixam ir as folhas velhas e os animais não contrariam a necessidade perder o pelo ou a plumagem. Tudo voltará, renovado, revigorado. O nosso corpo faz o mesmo. Todos os dias morrem milhares de células no nosso corpo. A apoptose (morte celular programada) é uma estratégia do nosso organismo que garante a saúde dos nossos tecidos e órgãos. Sem estas “mortes” estaríamos atolados em células teimosamente apegadas à vida e estaríamos condenados à doença e à morte efectiva. As nossas células vivem a sua vida e morrem a sua morte. É um processo extraordinário de regeneração constante. Depois de cumprirem a sua missão, de fazerem o que têm de fazer, de contribuírem com a sua vida para o funcionamento saudável do organismo, as nossas células “suicidam-se”. Outras já estão a postos para assumir os seus lugares, oriundas da "mágica" maternidade onde se formam e nascem as células estaminais – a medula espinal, a central da regeneração celular.

Morrer é, neste sentido, um gesto de amor para connosco. É deixar ir, é libertar, abrir espaço para o novo e para a regeneração de nós próprios e das nossas vidas. Dói, às vezes dói muito desapegarmo-nos de certas coisas. Mas dói mais prendermo-nos e negarmo-nos a liberdade de deixar ir o passado. Assim como a chuva leva os detritos, assim como o rio arrasta a folha, deixemos ir o que não mais constitui fonte de vida e alimento ao nosso coração.



A força que nos move
Nascer também dói. O feto tem de rasgar a carne da mãe, o pinto tem de partir a casca do ovo, a planta tem de furar, primeiro o invólucro da semente e depois a terra, para vencer a linha da superfície. Nascer, implica deixar alguma coisa para trás que, por muito que nos tivesse sido útil, ou até benéfico, não é mais. O impulso para a vida começa com o desconforto, a sensação de estar preso, retido. (As contracções antes, durante e depois do parto doem). Este impulso que nos leva a deixar o útero, que leva a planta a furar a terra, que instiga a borboleta a sair do casulo é o Amor!

É o amor que nos move e que move tudo neste Universo em eterna transformação e em permanente alternância. É o amor que nos liberta e que nos dá ânimo para voltar a nascer, para continuar o nosso caminho, para seguir e realizar a nossa Obra! Deus tirou férias e deixou-nos a criar por Ele e como Ele. Deixou-nos com (os seus) olhos, ouvidos, voz, mãos, inteligência, coração e consciência para compreendermos a Obra e para a repetirmos, ano após ano, ciclo a após ciclo, como no Princípio. Sempre que semeamos, seja na terra, no nosso coração ou no nosso útero, estamos a repetir a Obra da Criação, a grande Obra da Vida: o Amor!

Um beijo muito especial a NoiteEstrelada

09 março, 2006

reNascer



Muitos homens e mulheres estão cegos e não notam, estão paralíticos e não percebem, estão mortos e não sabem.
Cristo deu visão ao cego, andar ao paralítico e vida ao morto. Cristo deu Amor e eles confiaram. Os milagres acontecem a quem acredita neles! Também eu quero uns novos olhos, umas novas pernas e um nova vida. Quero ver o que antes não podia; ir onde antes não fui capaz e viver todos os dias como quem ressuscita da morte. Afinal, é da nossa própria noite que despertamos... com uma nova visão, outras pernas e uma nova Vida!

metamorfose


Estou a viver a minha vida
e a morrer a minha morte

Percorro o círculo e danço na Roda.
Como poderia não realizar tudo, se estou aqui, e vou n’Ela

E, enquanto contemplo a metamorfose, verifico: serei outra, contudo a Mesma




ai!!!!! chegaaaaaram!




















Bem-vindas!

08 março, 2006

03 março, 2006

liberdade




Ser livre é ser capaz de ouvir e seguir a voz,
a vontade e a verdade do coração

02 março, 2006

Ísis e Osíris



Neftys, Ísis e Osíris-Rá

O mito
A odisseia da vida
A aventura do ser humano
A vida e a morte
O restauro da vida
A dança da vida e da morte,
que se repete a todo o momento,
na Natureza e em nós.

Eu sou ísis em mim
Eu procuro os meus pedaços
para ligar as partes do que eu sou
Eu sou ísis em mim
e caminho, persisto
Eu não desisto
Eu busco
Eu busco-me
Eu resgato o que estava disperso
Eu ato os nós
Eu reconstituo o corpo
Eu concebo a criança em mim
e trago a Verdade à Luz

01 março, 2006

a força da palavra e do sonho


Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar
irritado algumas vezes, mas não
esqueço de que minha vida é
a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões
e períodos de crise
.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos
problemas e se tornar um autor da própria
história. É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no
recôndito da sua alma
. É agradecer a Deus
a cada manhã pelo milagre da vida
.
Ser feliz é não ter medo dos próprios Sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um
castelo
...


Fernando Pessoa